08/11/2018 O juiz federal Sérgio Moro, que assumirá o Ministério da Justiça em janeiro, e o atual ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, reuniram-se nesta quarta-feira (7) para tratar da transição de governo. As duas pastas serão fundidas e formarão um superministério, que deverá absorver ainda parte da estrutura do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão subordinado ao Ministério da Fazenda e especializado na investigação de crimes como lavagem de dinheiro. Na declaração conjunta que fez com Jungmann após a reunião, Moro não quis responder a perguntas de jornalistas, mas elogiou as realizações do ministro da Segurança, incluindo o aumento da participação do governo federal no desenvolvimento de políticas públicas para o setor, como a criação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp). "Sem recursos não é possível desenvolver projetos, desenvolver políticas públicas. Então, todas essas medidas são absolutamente louváveis, essa consolidação financeira do ministério. Parece que tem uma medida provisória para aprovar hoje. É muito importante que ela seja aprovada, e acredito que o Congresso vai ter essa sensibilidade de aprovar", afirmou o juiz. Moro afirmou que conhece Raul Jungmann "já há algum tempo" e que ambos mantêm uma relação "bastante cordial", o que está facilitando a transição de governo. Ele comparou esse processo a "trocar um pneu com o carro em movimento" e disse que a máquina pública não pode parar. Durante as quase três horas de reunião, Moro e Jungmann ficaram a sós durante uma hora e meia. Em seguida, houve uma reunião ampliada, que incluiu a presença de dirigentes das polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Redação com EBC |