17/11/2018

Associação sugere apoio das Forças Armadas para compensar saída de médicos cubanos Associação sugere apoio das Forças Armadas para compensar saída de médicos cubanos




A Associação Brasileira de Médicos (ABM), em nota emitida hoje, listou medidas emergenciais a serem implementadas no Mais Médicos diante da saída de Cuba do programa.

A primeira delas é a reformulação e reforço do Piso de Atenção Básica (PAB) - recursos federais destinados à saúde, que deveriam, segundo a entidade, ter valor elevado para contratação de profissionais. "A forma de cálculo também precisa mudar, garantindo mais recursos para os municípios menores", acrescenta.
 
A associação sugere também o auxílio das Forças Armadas para viabilizar a entrada em áreas de difícil acesso e em áreas indígenas. A proposta é que sejam usados os atuais médicos do efetivo militar e que se faça concursos públicos para atuação de médicos por tempo determinado. 
A representação de médicos aconselha mudanças no edital do Mais Médicos. "Criando subsídios e incentivos aos jovens médicos com dívida no Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). Durante o período em que os médicos atuarem no programa, as parcelas do financiamento ficam suspensas".
 
Além das três medidas sugeridas, a nota critica o programa, que diz ter mero caráter eleitoreiro. Também afirma que a política pública parte da premissa errada, a de que faltam médicos no País. "O que não existe de fato são políticas públicas que atraiam e fixem esses médicos nos municípios, especialmente nos menores e nos mais distantes dos grandes centros".

Redação com O Povo