09/12/2018

Foi uma lavação de roupa suja, diz Eduardo Bolsonaro sobre PSL Foi uma lavação de roupa suja, diz Eduardo Bolsonaro sobre PSL




Após uma semana de brigas internas no PSL e uma articulação na Câmara para isolar o partido na próxima legislatura, o deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) minimizou as questões e garantiu que a sigla estará pronta para atuar no Congresso em prol da governabilidade.

“As discussões internas são até saudáveis. Qual partido que pensa 100% igual? Isso não existe. O que ocorreu foi o vazamento de um grupo de WhatsApp em que a gente estava lavando roupa suja. Mas não vejo isso como prejudicial para a governabilidade de Jair Bolsonaro, não”, afirmou.

Durante a semana, imagens de uma discussão no grupo interno dos futuros parlamentares do PSL vazaram na imprensa. Nelas, Eduardo discutia com a deputada eleita Joice Hasselmann (SP) sobre a liderança da sigla no próximo ano.

Eduardo afirmou que a colega é uma pessoa que está “com muita vontade” e isso acaba gerando conflitos com quem “faz a articulação e trata sobre as matérias”. “Acho que é da personalidade dela ser para frente assim. Mas a gente vai fazendo umas explicações para ela, e acredito que ela vai entender”, disse.

Questionado sobre se havia feito as pazes com Joice, Eduardo disse apenas: “Daqui a pouco a gente faz”.

O deputado também respondeu com uma brincadeira ao fato de Joice ter dito nesta semana que ela é a “xerox de alma” de Jair Bolsonaro, parecida com o futuro presidente até mais do que os seus próprios filhos. “Tem que fazer um exame de DNA então”.

Isolamento

Sobre a tentativa de alguns partidos de criarem um bloco para isolar o PSL e o PT, Eduardo disse que articulações do tipo são normais e quem não está nelas “está ficando para trás”. “O PSL está atento a isso e já estamos conversando com líderes partidários. Daqui a pouco isso já vai ter passado”, disse.

Em relação a  conversas para a Presidência da Câmara, Eduardo disse que o atual mandatário, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é um bom quadro, mas não representa a preferência do PSL. “Todos sabemos que ele chegou à presidência articulando com o PT, mas ele transita bem entre a direita também. É uma questão de preferência”, disse.

Para ele, o PSL precisa apoiar alguém que já tenha experiência parlamentar porque haverá uma esmagadora quantidade de novatos e a oposição ao novo governo também será forte. O PT deverá ser a segunda maior bancada da Casa, ficando atrás do PSL.

Eduardo Bolsonaro participou neste sábado, 8, da Cúpula Conservadora das Américas, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ele é um dos principais mentores do encontro, que tem como objetivo reunir a direita no Brasil e nos outros países latino-americanos.

Redação com Agência Estado