14/12/2018

Caso João de Deus pode ter envolvimento de quatro funcionários Caso João de Deus pode ter envolvimento de quatro funcionários




Mulheres ouvidas pelo Ministério Público afirmaram que alguns funcionários do médium João de Deus eram coniventes com os abusos sexuais cometidos durante as sessões espirituais em Abadiânia (GO). Segundo as promotoras responsáveis, as vítimas apontaram quatro funcionários, cujos nomes se repetem nos depoimentos. O fato será apurado pelo MP de Goiás, que é responsável pelas investigações do caso.

A força-tarefa instituída pelo MP de Goiás para apurar as acusações de abuso sexual feitas contra o médium recebeu desde o dia 10, quando foi criado o e-mail para recebimento de denúncias de vítimas, um total de 330 mensagens e contatos por telefone. O e-mail específico para essa finalidade é o denuncias@mpgo.mp.br. Os atendimentos são de denunciantes de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina.

O procurador-geral de Justiça também encaminhou no dia 11 um ofício circular aos procuradores-gerais de Justiça dos MPs Estaduais e do Distrito Federal solicitando que sejam designadas unidades de atendimento para coleta de depoimentos de possíveis vítimas do médium.


Pedido de prisão

A Justiça de Goiás determinou, nesta sexta-feira, 14, a prisão preventiva de João de Deus, suspeito de praticar abusos sexuais durante tratamentos espirituais, em Abadiânia, cidade goiana do entorno do Distrito Federal. A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública de Goiás, Irapuan Costa Júnior. Um dos advogados que compõem a defesa de João de Deus, Thales Jayme disse que foi informado sobre o mandado de prisão, mas não tinha recebido o documento até as 12h30. Ele declarou também que não conseguiu falar com médium na manhã de hoje.

Redação com AE