16/12/2018

Prefeito é acusado de integrar esquema que ‘dilapidava’ recursos da Previdência Prefeito é acusado de integrar esquema que ‘dilapidava’ recursos da Previdência




O prefeito da cidade de Cabo de Santo Agostinho (PE), cidade na região metropolitana de Recife, Luiz Cabral de Oliveira Filho, o Lula Cabral (PSB), é acusado pelo Ministério Público Federal de integrar esquema de desvios do instituto de previdência social do município para ‘dilapidar’ aposentadora de servidores.

Lula Cabral foi preso em outubro no âmbito da Operação Abismo, deflagrada pela Polícia Federal contra articulações envolvendo empresas que cometiam fraudes em institutos previdenciários de todo o País. Ele atualmente se encontra em custódia no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna, em Abreu e Lima, no Grande Recife.

O Ministério Público Federal acusa o prefeito de participar de desvios de R$ 92 milhões do Instituto de Previdência de Cabo de Santo Agostinho (Caboprev), que foram investidos em fundos da Terra Nova Gestão de Recursos. Em contrapartida, Lula Cabral teria recebido R$ 6 milhões em propinas em dinheiro vivo.

O ex-secretário municipal de gestão, Luís Alves de Lima Filho, conhecido como Lula Lima, também é acusado na ação.

Segundo a procuradoria, sócios e representantes da Terra Nova montaram ‘um esquema de aliciamento de gestores públicos’ para vender ‘serviços de desvio de verbas de regimes próprios de previdência’

“Como ‘cartão de visitas’ para seus negócios escusos em Pernambuco, os representantes da Terra Nova firmaram acordo primeiramente com o município de Cabo de Santo Agostinho”, alega o Ministério Público.

Segundo a procuradoria, representantes da empresa se reuniram com Lula Cabral em setembro de 2017 para apresentar o esquema, que passou a ser conduzido já no mês seguinte daquele ano. As primeiras ações foram o direcionamento de R$ 4,5 milhões e o resgate de R$ 88 milhões a fundos “podres” gerenciados pela Terra Nova, com alto risco de crédito e liquidez que poderiam causar prejuízo ao patrimônio dos servidores públicos.

Redação com AE