01/05/2017

A dor de Mateus. Estudante agredido por PM sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas. A dor de Mateus. Estudante agredido por PM sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas.




É grave o estado de saúde do estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, 33 anos. Agredido por um policial militar durante manifestação no centro de Goiânia (GO), sexta-feira (28), Silva sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas.

Segundo o boletim médico que o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) divulgou na manhã de ontem, o estudante está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedado e respirando por aparelhos. Sua família é de Osasco (SP).

Silva participava das manifestações populares contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo federal e que tramitam no Congresso Nacional. No início da tarde, um princípio de tumulto resultou em confronto entre agentes da segurança pública e alguns manifestantes que passaram a lançar pedras e rojões contra os policiais.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por órgãos de imprensa registrou o exato momento em que Silva foi atingido por um policial portando um cassetete. Mateus aparece correndo para fugir do tumulto que se vê ao fundo quando um policial militar o atinge na cabeça, empunhando o cassetete com as duas mãos.

Em nota, a Universidade Federal de Goiás (UFG) repudiou a violência contra o estudante de Ciências Sociais e cobrou das autoridades goianas a adequada apuração dos fatos e punição aos responsáveis. O reitor Orlando Amaral, que foi no hospital onde está o estudante, cobrou investigação e disse que professores, servidores e estudantes participaram dos protestos de forma pacífica, mas foram agredidos no exercício de um direito.

Chefiada pelo ex-secretário nacional de Segurança Pública Ricardo Balestreri, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás instaurou um procedimento investigatório para apurar a atuação policial, esclarecer se houve abusos e identificar os eventuais responsáveis.

Redação com o Correio da Manhã.