13/01/2019 A Marinha brasileira trata o farol da Barra, em Salvador, como se fosse o diamante mais valioso da coroa. Inaugurado em 1698, é o segundo farol mais antigo das Américas -antes dele só havia o farol do antigo Palácio de Friburgo de Recife, de 1642. É tão importante que está numa lista pré-aprovada pela Unesco, o braço cultural das Nações Unidas, de candidatos a patrimônio da humanidade. Na última semana, porém, a força militar anunciou que havia finalizado uma intervenção no farol. Pintou a inscrição "Marinha do Brasil" no teto do prédio que fica abaixo da torre. A novidade foi anunciada no perfil da Marinha no Instagram: "Finalizamos a primeira sexta-feira do ano com um dos mais belos cartões postais do Brasil, o farol de Santo Antônio, mais conhecido como farol da Barra", dizia o texto. "A foto aérea mostra a recente alteração realizada no telhado, que agora sinaliza o nome 'Marinha do Brasil'." O farol da Barra faz parte de uma estrutura maior, o forte de Santo Antônio da Barra, e ambos estão numa lista de 19 fortificações militares que o governo brasileiro vem tentando transformar em patrimônio da humanidade. No ano passado, a Unesco aceitou discutir a reivindicação brasileira. Esse processo é uma espécie de pré-tombamento. O país tem até o ano que vem para enviar novos dossiês sobre as 19 fortificações, um conjunto que vai da fortaleza de Macapá à de Anhatomirim, em Florianópolis (SC). Caso a documentação convença a Unesco, a entidade envia um grupo para analisar as condições dos fortes. Redação com Bem Paraná |