19/02/2019

PF deflagra 60ª fase da Operação Lava Jato contra Aloysio Nunes e operador do PSDB PF deflagra 60ª fase da Operação Lava Jato contra Aloysio Nunes e operador do PSDB





A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira (19) o ex-diretor da DersaPaulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, apontado como operador financeiro do PSDB. A prisão ocorreu no âmbito da 60ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta manhã. Agentes também cumprem doze mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-ministro Aloysio Nunes (PSDB).

Denominada de Ad Infinitum, a ação ocorre em nas cidades de São Paulo, capital, São José do Rio Preto, Guarujá e Ubatuba, todas no estado de São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 13ª. Vara Federal de Curitiba, no Paraná.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a operação aprofunda a investigação do esquema de lavagem de dinheiro e de corrupção praticada pela Odebrecht, que envolveu os operadores Paulo Preto, Rodrigo Tacla Duran, Adir Assad e Álvaro Novis. As transações investigadas superam R$ 130 milhões, que correspondiam ao saldo de contas controladas por Paulo Preto na Suíça no início de 2017.

Paulo Preto disponibilizou, segundo as investigações, R$ 100 milhões em espécie a Adir Assad no Brasil, a partir do segundo semestre de 2010. Assad, então, entregou os valores ao Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, aos cuidados do doleiro Álvaro Novis. O doleiro realizava pagamentos de propinas, a mando da empresa, para vários agentes públicos e políticos, inclusive da Petrobras.

No mesmo período em que os valores eram destinados à Odebrecht, propinas foram pagas pela empreiteira, em espécie, para os gerentes e diretores da Petrobras: Djalma Rodrigues, Maurício Guedes, Roberto Gonçalves, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Sérgio Machado.

Em contrapartida, o setor de propina da Odebrecht transferiu dezenas de milhões de dólares para as contas do doleiro Rodrigo Tacla Duran no exterior. Duran, por sua vez, descontava as suas comissões e as de Adir Assad e pagava Paulo Preto pelos recursos a ele devidos.

Redação com JP