19/02/2019

Presidente da CNI preso em operação de combate à corrupção em convênios com Turismo e Sistema S Presidente da CNI preso em operação de combate à corrupção em convênios com Turismo e Sistema S





O Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, foi preso em São Paulo na manhã desta terça-feira, 19, durante operação da Polícia Federal. Em colaboração com o Tribunal de Contas da União, a PF deflagrou a Operação Fantoche para desarticular uma organização de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

Responsável pela representação da indústria do Brasil, a CNI é o órgão máximo do sistema sindical patronal da indústria e atua em articulação com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de entidades no Brasil e no exterior.

Durante a operação são cumpridos 40 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão temporária, nos estados de PE, MG, SP, PB, DF, MS e AL.

Segundo informações da PF, um grupo de empresas, sob o controle de um mesmo núcleo familiar, atuava desde 2002 executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado “Sistema S”. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões decorrentes desses contratos.

As investigações apontaram que o grupo utilizava entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar a celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério e Unidades do Sistema S. Os contratos eram, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.

A ação conta com o apoio do Tribunal de Contas da União e, ao todo, com a participação de 213 policiais federais e 8 auditores do TCU.

As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que também autorizou o sequestro e o bloqueio de bens e valores dos investigados.

Redação com AE