04/03/2019

Investigado da Lava Jato paga fiança de R$ 1,5 milhão e deixa prisão em Curitiba Investigado da Lava Jato paga fiança de R$ 1,5 milhão e deixa prisão em Curitiba





Preso na 59ª fase da Operação Lava Jato, Antônio Kanji Hoshikauwa, apontado como operador financeiro, que estava detido na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde o dia 1º de fevereiro, foi solto neste feriado depois de pagar fiança no valor de R$ 1,5 milhão. A decisão é da juíza substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, e foi assinada no dia 1º de março. Hoshikauwa teve que entregar o passaporte, está proibido de deixar o país, não pode se comunicar com os demais investigados da operação ou mudar de endereço.

A 59ª fase da Lava Jato, batizada de Quinto Ano, investiga três pessoas por envolvimento em pagamento de propina ao PMDB por meio de contratos da Transpetro. Um dos investigados, Wilson Quintella Filho, teve a soltura concedida no dia 9 de fevereiro. Para deixar a prisão, ele teve que pagar fiança no valor de R$ 6,8 milhões. Já o advogado Mauro de Moraes teve a soltura negada pela juíza (veja o despacho).  

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as investigações tiveram como ponto de partida declarações do delator Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, indicado e mantido no cargo pelo então PMDB. Segundo o MPF, o colaborador revelou que ajustou com Wilson Quintella o pagamento de propinas de pelo menos 1% dos contratos firmados pelo Grupo Estre (Estre Ambiental, Pollydutos e Estaleiro Rio Tietê) com a estatal.

De acordo com a força-tarefa Lava Jato, Antônio Kanji era apontado como o responsável por operacionalizar a entrega em espécie do dinheiro.

Redação com Folhapress