06/04/2019

No Senado, Veneziano lamenta redução de verbas para pesquisa no primeiro ano do Governo Bolsonaro No Senado, Veneziano lamenta redução de verbas para pesquisa no primeiro ano do Governo Bolsonaro





O Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) lamentou, na Comissão de Educação – CE do Senado Federal, a redução nas verbas destinadas à pesquisa científica no Brasil, neste primeiro ano de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O alerta feito pelo Senador paraibano foi para que o Governo Federal reveja esta política, considerando a necessidade de maiores investimentos em pesquisa e extensão.

De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico – CNPq, com a redução no orçamento, em relação ao ano anterior, a verba disponível para 2019 só irá garantir as bolsas aos pesquisadores até setembro.

“Pelos cálculos do presidente do CNPq, seriam necessários cerca de R$ 300 milhões para que a pesquisa científica no Brasil não sofresse revés. Portanto, fica aqui o registro, senhor presidente, de que o governo do presidente Jair Bolsonaro repense esta redução e não permita que o Brasil fique para trás no que se refere à pesquisa e à extensão, áreas fundamentais quando se fala em promoção do desenvolvimento”, alertou Veneziano.

Situação é pior do que se imagina – Veneziano relatou que outra preocupação do presidente do CNPq é quanto ao contingenciamento de verbas anunciado recentemente pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, que significará R$ 2,13 bilhões a menos para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC.

O Senador lembrou que, segundo dados do CNPq, em 2016, último ano do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, a verba destinada à Ciência e Tecnologia no Brasil foi de R$ 1.150.559.928,66. Para 2019, primeiro ano do presidente Bolsonaro, a verba da pasta foi fixada em 784.787.619,00 – ou seja, pouco mais da metade.

“Fica o alerta, senhor presidente, de que é preciso o Presidente Jair Bolsonaro rever esse conceito. Uma Pátria que não investe no desenvolvimento científico e tecnológico tende a ficar para trás, no mundo globalizado e competitivo. É preciso que haja uma reação urgente, para que não estejamos aqui a lamentar no futuro”, disse Veneziano.

Segundo dados do CNPq, o Brasil tem, hoje, 79.749 pesquisadores que dependem de bolsas do órgão, metade deles recebendo bolsas de iniciação científica ou tecnológica, que variam de R$ 100 a R$ 400. Existem ainda, em menor número, as bolsas de pós-graduação (mestrado e doutorado), de R$ 1.500,00 a R$ 2.200,00 por mês; além dos pesquisadores com bolsas de produtividade, entre R$ 1.100,00 e R$ 1.500,00 por mês, valores considerados defasados pelo órgão, pois o último reajuste no valor das bolsas ocorreu no ano de 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Um levantamento mais detalhado do CNPq mostra que entre 1995 e 2003 o valor das bolsas se manteve inalterado. A partir de 2004, no governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, os valores começaram a ter reajustes anuais, até 2013, durante o governo Dilma, quando os reajustes foram estabilizados, com os valores sendo mantidos nos três últimos anos de seu governo e durante a gestão do ex-presidente Michel Temer.

Redação com assessoria de Imprensa

Gabinete do Senador Veneziano Vital do Rêgo - PSB/PB

Líder do Bloco Parlamentar “Senado Independente” (PSB, PDT, REDE, PPS)


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