26/04/2019 A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma pena que supera os 22 anos de prisão para o senador Fernando Collor (PROS). Em ação penal no âmbito da operação Lava Jato, Dodge apontou que a organização criminosa que instalou-se na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, foi “capitaneada” pelo PT, “em particular na figura do Senador Fernando Collor”. O valor que Collor teria recebido em propinas entre 2010 e 2014 teria chegado a R$ 50,9 milhões. O senador é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo Raquel, Collor participou de supostas propinas de “pelo menos R$ 9.950.000,00 em razão de contrato de troca de bandeiras em postos de combustíveis”. Ele também teria recebido vantagens de “pelo menos R$ 20.000.000,00 em razão de contratos para a construção de bases de distribuição de combustíveis celebrados entre a BR Distribuidora”. Raquel diz que Collor também integrou suposto esquema envolvendo “pelo menos R$ 1.000.000,00 em propinas em razão de contrato de gestão de pagamentos e programa de milhagens”. E ainda propinas de “R$ 20.000.000,00 para viabilizar hipotético e futuro contrato de construção e leasing de um armazém de produtos químicos em Macaé/RJ”. Porsche, Ferrari, Land Rover… A procuradora-geral expôs a compra de carros de luxo, apartamentos e obras de arte como parte da lavagem de dinheiro imputada a Collor, com o uso das supostas propinas. Segundo ela, contas bancárias pessoais de Collor giraram R$ 2,6 milhões entre janeiro de 2011 e abril de 2014 na forma de depósitos em dinheiro. Entre os veículos atribuídos a Collor, a procuradora-geral cita um Flying Spur, marca Bentley, por R$ 975 mil, uma Range Rover de R$ 570 mil, uma Ferrari de R$ 1,4 milhão, uma Lamborghini de R$ 3,2 milhões e um Porsche de R$ 395 mil. A chefe do Ministério Público Federal ainda cita a compra, em 2010, de uma casa de R$ 4 milhões na Pedra do Baú, próxima de Campos do Jordão, um imóvel em Barra de São Miguel, em Alagoas, por R$ 450 mil, e quatro salas comerciais por R$ 950 mil, em Maceió (AL). Redação com JP |