01/05/2019 Há 25 anos o Brasil perdia um de seus maiores ídolos e a Fórmula 1 perdia um de seus ícones. Em 1º de maio de 1994, Ayrton Senna sofreu o acidente fatal no Circuito de Ímola, em San Marino, na Itália, deixando um rastro de saudade e um legado nunca mais igualado. Até hoje, a principal categoria do automobilismo mundial busca um novo Senna. Onde você estava na manhã de 1º de maio de 1994? Em casa, ao lado dos pais? Ou ao lado dos filhos? Voltando após a caminhada no Parque? Ou começando aquele churrasco do domingão? A maioria de todos nós podia estar fazendo qualquer coisa, mas a televisão estava ligada. Quando era exatamente 9h13, uma frase de Galvão Bueno paralisou o Brasil. “Senna bateu forte”. Vinte e cinco anos depois do acidente que matou Ayrton Senna na curva Tamburello, em Ímola, na Itália, parece que lembramos de cada fato daquele dia estranho, silencioso, triste. O piloto, tricampeão mundial de Fórmula 1, era um ídolo difícil de ser definido para quem nasceu depois daquele 1º de maio. Porque não era apenas o melhor entre os seus, fato reconhecido até por quem não gostava dele. Mas era um herói, um solitário herói de um país tão machucado como hoje. Por ter se estabelecido como o grande ídolo brasileiro em um momento de inflação galopante, de falta de comida, de um país que mal sabia direito o que era democracia, que perdia no futebol e não tinha muita coisa a se orgulhar, Senna era um “ser escolhido” para muitos. Aquele que não errava, que não falhava, que era o símbolo da honestidade e da decência. Passaram-se então pouco mais de quatro horas de agonia, desde o resgate, a interminável demora do helicóptero, a saída do autódromo de Ímola até Bologna, as informações do hospital Maggiore. Até o relógio marcar 13h42. “Morreu Ayrton Senna da Silva. Uma notícia que a gente nunca gostaria de dar”. A voz grave e baixa do repórter Roberto Cabrini, de uma sala de hospital no interior da Itália, silenciou todo o mundo. Não havia mais a ser dito naquele 1º de maio. Redação com Tribuna do Paraná |