16/05/2017 Os advogados do ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, apresentaram ao juiz Sérgio Moro, nesta segunda-feira (15), uma série de documentos que, supostamente, comprovariam a execução de obras no apartamento triplex 164-a do edifício Solaris, no Guarujá, litoral paulista, e em um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. As duas obras fazem parte de um processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de receber propina da empreiteira. Além desses documentos, a defesa de Léo Pinheiro anexou cópias de uma agenda eletrônica de celular onde, segundo os advogados, há registros de supostos encontros de Léo Pinheiro com o ex-presidente Lula, com o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto e com o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Há, ainda, cópias de mensagens de texto e emails. O documento onde, conforme os advogados, constam as reformas no sítio e no apartamento é uma análise de custos de obras conduzidas pela OAS. A cópia do documento data de outubro de 2014. Léo Pinheiro foi preso pela primeira vez um mês depois da realização desse levantamento pela empresa. O balanço não aponta valores que foram pagos em cada obra. No entanto, chama a atenção o fato de que a reforma do sítio, na versão dos advogados de Léo Pinheiro, consta como custo da construção de um condomínio no bairro Moóca, em São Paulo. Léo Pinheiro prometeu entregar esses documentos à Justiça quando prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro e afirmou que o apartamento no Guarujá estava reservado para o ex-presidente Lula. A defesa do ex-presidente, no entanto, tem negado que o imóvel pertença a ele. Os advogados de Lula dizem que Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia chegaram a visitar o imóvel, mas desistiram de comprá-lo. Defesa de Lula também anexa documentos Minutos depois de a defesa de Léo Pinheiro entregar os documentos à Justiça, os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentaram outros documentos que, segundo eles, mostram que o apartamento jamais foi entregue ao cliente deles. Entre os documentos, constam balanços e demonstrativos financeiros da OAS, bem como cópias da matrícula do prédio do Condomínio Solaris, onde o triplex aparece em nome da empreiteira. Há também uma resposta judicial da OAS à uma ação de cobrança de taxa de condomínio atrasada referente à unidade 164-A, que o MPF alega ter sido usada para pagar propina a Lula. Esse documento data do dia 2 de fevereiro de 2017. Os advogados de Lula ainda anexaram outros documentos sobre a liberação das debêntures para a construção do edifício, em que o tríplex aparece como garantia da construtora à empresa que fez os empréstimos para a conclusão do edifício. Redação com Agências. |