28/06/2019![]() Preso na Espanha com 39 kg de cocaína em voo da FAB (Força Aérea Brasileira), o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues não demonstra ter uma vida de ostentação e devia, até o início do mês, inclusive o condomínio. Pagou o débito, de R$ 1.381,25, referentes a três parcelas do condomínio de um apartamento em Taguatinga, depois de ter sido cobrado judicialmente. Nesta quinta-feira (27), a Aeronáutica informou que a investigação sobre tráfico de drogas correrá sob sigilo. Rodrigues, que é comissário de bordo, fazia parte da comitiva de 21 militares que acompanha a viagem de Bolsonaro ao Japão, onde participará da reunião do G-20. O avião da FAB em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial e, portanto, esta comitiva não fazia parte do mesmo voo que transportou o presidente. A droga foi encontrada em sua bagagem ao desembarcar em Sevilha, na Espanha, primeira etapa da viagem. O imóvel de Rodrigues fica num condomínio com piscina e salão de festa, a cerca de 30 km do Palácio do Planalto. O apartamento está ocupado, mas os funcionários do prédio não disseram se o sargento vive no local e também se recusaram a interfonar, a pedido da reportagem. O preço de uma propriedade no condomínio varia de R$ 150 mil a 210 mil (há opções de 2 e 3 quartos), e alugueis vão de R$ 1 mil a R$ 1,6 mil, de acordo com condôminos ouvidos pela reportagem. Nenhum deles disse conhecer o militar. Conforme informações do Portal da Transparência, Rodrigues recebe, atualmente, salário bruto de R$ 7.298,10. Segundo estimativas de preços disponíveis em relatório do Unodoc (Escritório para Drogas e Crime da Organização das Nações Unidas), os 39 kg de cocaína encontrados na mala do sargento poderiam render cerca de R$ 5,8 milhões. Redação com R-7 |