17/07/2019 O Ministério da Educação (MEC) quer elevar a participação de financiamento privado em instituições públicas de ensino superior, que segundo a pasta terão acesso a mais de 100 bilhões de reais por meio do programa “Future-se”, lançado nesta quarta-feira. “O dinheiro virá, por exemplo, do patrimônio da União, de fundos constitucionais, de leis de incentivos fiscais e depósitos à vista, de recursos da cultura e de fundos patrimoniais”, afirmou o MEC, destacando que a adesão ao programa será voluntária. A proposta do MEC, que quer dar maior autonomia financeira a universidades e institutos federais, vai passar por consulta pública até o dia 15 de agosto. O plano envolve práticas como permitir a exibição de nomes de empresas e patrocinadores nos edifícios e campi das instituições, “o que possibilitaria a modernização e manutenção dos equipamentos com ajuda do setor privado”. A proposta também prevê arrecadação de recursos com imóveis das instituições por meio de contratos de cessão de uso, concessão, fundo de investimento e parcerias público-privadas (PPPs). Segundo o MEC, o programa será financiado por um fundo de direito privado administrado por uma instituição financeira e que funcionará sob regime de cotas. “As universidades e os institutos federais não serão privatizados. O governo continuará a ter um orçamento anual destinado para as instituições.” O MEC afirmou que o Future-se tenta tornar mais eficiente práticas existentes e acrescentou que as instituições já contam com receitas próprias – cerca de 1 bilhão de reais de universidades, institutos e hospitais universitários somados. Redação com Reuters |