O brasileiro Ricardo Godinho foi condenado à prisão perpétua no Reino Unido por ter esfaqueado a ex-companheira Aliny Mendes na frente da filha em Surrey em fevereiro deste ano. 

O caso gerou comoção na época devido ao destino dos quatro filhos da vítima. Aliny, 39, que também era brasileira, buscava um dos filhos na escola e carregava outra no colo quando foi esfaqueada pelo ex-marido. Ela morreu na calçada próxima à escola enquanto aguardava a chegada da polícia.

Godinho, de 41 anos, foi considerado culpado pelo assassinato e por posse de arma perigosa pela corte de Guildford Crown. "Você deixou sua filha ver a mãe morrer", disse a juíza. 

O brasileiro disse que estava "cego de raiva" e teria perdido o controle quando atacou Aliny. Ele admitiu o homicídio culposo - quando não há intenção de matar - mas negou o assassinato. Porém, para o júri, ele planejou e executou o crime.

Foi decretada a pena de prisão perpétua com um mínimo de 27 anos. Foi acrescentada também uma pena de um ano pelo porte da faca. O julgamento durou duas semanas e meia.

Aliny,de 39 anos, foi morta pelo ex-marido

Segundo a polícia, Godinho aguardou Aliny e a filha pegarem o ônibus e seguiu o veículo até a escola. Lá, ele a esfaqueou múltiplas vezes e fugiu, abandonando a arma.

Na época, a morte da brasileira causou comoção devido ao destino de seus filhos. Sua família aqui no Brasil chegou a abrir um financiamento online para custear o traslado do corpo e pagar um advogado para ajudar a manter as crianças juntas. O medo era que elas fossem separadas para adoção. Em pouco tempo o valor foi arrecadado.

Redação com UOL