06/08/2019 Treze lideranças da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), presas em uma operação da Polícia Federal, realizada nesta terça-feira (6) para desarticular o núcleo financeiro da facção, serão transferidos para presídios federais. De acordo com o delegado da Polícia Federal e coordenador da Operação Cravada, Martin Bottaro Purper, a operação teve início em fevereiro e revelou a dinâmica utilizada pela organização criminosa. Os valores eram cobrados pelos integrantes da base da organização para serem enviados a membros da cúpula. "Observamos a dinâmica da organização para entender e saber como realizar ações efetivas para interromper", afirmou o delegado durante coletiva de imprensa no Paraná na manhã de hoje. "Eles arrecadam valores dos comparsas através de rifas, cobradas de dois em dois meses. Esse valor sai da base e chega para os principais líderes." O delagado Purper afirmou que mais de 400 contas bancárias foram identificadas e bloqueadas. "Eles usavam a conta por 3 ou 4 meses e trocavam, eram contas alternadas. Eles também criaram códigos. Isso era feito em formato de planilhas, como uma empresa de contabilidade. Pessoas faziam o que se chama de fechamento e os valores eram checados para ver se não faltava dinheiro." Quem não conseguia pagar os valores era, segundo o delegado e coordenador da operação, excluído ou espancado. As planilhas, explica Purper, mostravam ainda que os visitantes recebiam valores por contribuições que chegavam e saíam dos presídios. Redação com R-7 |