10/08/2019 Com medo das mudanças e, muitas vezes, pela falta de informação, escolhas erradas podem acontecer e a solicitação da aposentadoria feita por impulso pode gerar arrependimento e uma renda menor do que se esperava inicialmente. Atualmente, de acordo com o RaioX do Investidor, mapeado pela Anbima em parceria com o Datafolha, 90% dos brasileiros aposentados se sustentam exclusivamente com o benefício da Previdência Social. Até maio de 2019, foram requeridos 878.836 pedidos de aposentadoria em todo o Brasil. Desse número, 474.568 benefícios foram solicitados levando em conta o critério por idade e 402.268 o tempo de contribuição. O texto aprovado pela Câmara em primeiro turno, já com os destaques, prevê para a Regra Geral a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para homens com, pelo menos, 15 anos de tempo de serviço para ambos os sexos . Afinal, existe a melhor hora? De acordo com a especialista em finanças Luciana Ikedo o planejamento é a chave para responder essa pergunta. “A melhor hora para se aposentar é o momento em que você tem uma renda passiva suficiente para manter suas necessidades básicas e não ter risco de acontecer uma perda na qualidade de vida.” “Quando a gente avalia se para algum grupo vale a pena se aposentar, é um ponto bastante individual. Somente conhecendo bem as regras é possível analisar como essa decisão vai impactar ao longo da vida”, completa Ikeda. A especialista em Previdência da SEGASP, Camila Galdino, reforça a necessidade de disciplina. “Principalmente os autônomos, que recolhem o valor por conta própria, é muito importante prestar atenção e não deixar lacunas ao longo do tempo porque isso é relevante na hora de fazer a contagem e definir o valor.” E com a reforma? O advogado especialista em Direito do Trabalho Luiz Quevedo explica que cada caso é um caso, que deve ser avaliado individualmente, e que as leis de transição, até o momento, estão bem definidas. “Quem já estava projetando se aposentar precisa tomar cuidado e ficar atento”, alerta. Ele lembra que, por conta das regras de transição incertas, sempre há uma corrida para se aposentar quando o Governo inicia alguma discussão em torno de possíveis reformas. Redação com JP |