23/08/2019 O próximo domingo (25) será marcado por manifestações em diferentes cidades ao redor do País contra o projeto de abuso de autoridade, que já foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora deve ser apreciado pelo presidente Jair Bolsonaro. Os atos contarão ainda com outras pautas, como pedidos de impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e apoio à escolha do procurador Deltan Dallagnol para o cargo de procurador-geral da República. Um dos principais organizadores é o movimento Vem Pra Rua (VPR), que organizou atos em pelo menos 79 cidades, entre elas as principais capitais do Brasil. Outros grupos como o Movimento Avança Brasil (MAB) e o Direita São Paulo também preparam manifestações. Procurado pela reportagem, o Movimento Brasil Livre (MBL) respondeu que ainda não decidiu se vai participar. Abuso de autoridade é “inadmissível” Adelaide Oliveira, porta-voz do grupo Vem Pra Rua, comenta que o projeto de abuso de autoridade, considerado uma reação da classe política às operações recentes contra corrupção, é “inadmissível”. Na prática, ele criminaliza o abuso de autoridade e prevê punição a agentes públicos, incluindo juízes e procuradores. Como já havia passado pelo Senado, o texto vai agora à apreciação do presidente. “É inadmissível que, depois de renovarmos o Congresso, de a gente estar há cinco anos nas ruas, de o governo ter prometido que trabalharia pelo fim da corrupção, a gente se encontrar numa situação dessas. Um projeto votado em regime de urgência, uma votação que não foi nominal (voto secreto), mal explicada. Não podemos admitir isso e vamos pressionar para ser vetado”, disse. Impeachment de Dias Toffoli Outra pauta dos grupos é a instalação de um processo de impeachment de Dias Toffoli. Adelaide deixa claro, no entanto, que o objetivo não é destituir o ministro de seu cargo. “É um pedido para que apure e se julgue. Não é uma condenação sumária, ninguém está pedindo para ele ser retirado, e sim a instalação de um processo absolutamente legal”, explicou. O Avança Brasil pedirá ainda impeachment dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Redação com JP |