28/05/2017

Ex-governadores do DF transferidos para a carceragem. Ex-governadores do DF transferidos para a carceragem.




Um dia após a prisão temporária ter sido prorrogada,os ex- governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT), além do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), foram transferidos para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). O traslado ocorreu neste sábado (27/5), segundo informações da Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom). A mudança ocorreu com autorização da Vara de Execuções Penais (VEP), ancorada no protocolo de que as celas da Polícia Federal são para os presos ficarem por pouco tempo. 
Com o prolongamento da prisão temporária por cinco dias, os acusados de operar um esquema de superfaturamento no valor de R$ 900 milhões nas obras do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, poderão contabilizar 10 dias atrás das grades. A arena mais cara da Copa de 2014 abriu um rombo de R$ 1,3 bilhão nos cofres da Terracap. Segundo a Polícia Federal, a possível soltura dos presos poderia interferir nas investigações. Foram bloqueados cerca de R$ 155 milhões dos 11 alvos da decisão judicial.
Na última quinta-feira, três dos 10 presos haviam deixado a custódia da Polícia Federal com destino ao DPE, da Polícia Civil do DF. Apontados como operadores de propina, Sérgio Lúcio Silva de Andrade, Jorge Luiz Salomão  e Afrânio Roberto de Souza Filho saíram das dependências da PF — no Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek e na Superintendência — para abrir espaço na carceragem da corporação.

Sem banho quente

Nas dependências do DPE, os presos dividirão duas celas, com banheiro, mas sem chuveiro quente. São três refeições diárias: no café da manhã, é servido pão com manteiga e café com leite. No almoço, a marmita traz arroz, feijão, macarrão, salada, suco e um doce de sobremesa. O cardápio do jantar é o mesmo do almoço. Eles terão direito a duas horas de sol por dia e contam com o direito de visita de advogado. 
Arruda, Agnelo e Filippelli dividiram na Superintendência da PF uma cela de 6 metros quadrados. Arruda, quando afastado do governo em 2010, ficou preso de 11 de fevereiro a 12 de abril na carceragem da Polícia Federal por tentar obstruir as investigações da Operação Caixa de Pandora, que desbaratou um esquema de corrupção no seu governo, o chamado mensalão do DEM. 

Fonte: Redação com CB