28/03/2020 Para muitos só há duas opções: fechar o negócio ou se endividar mais ainda Há um ano e meio, Yuri Bennesby realizou o sonho que alimentava desde que começou a trabalhar como cozinheiro uma década atrás: ter seu próprio negócio. Ele vendeu sua casa e usou todo o dinheiro para abrir uma hamburgueria na Vila Madalena, bairro nobre de São Paulo. Hoje, Bennesby teme ser forçado a abandonar seu "projeto de vida" por causa da crise gerada pelo novo coronavírus. Como muitos pequenos empresários, Bennesby depende das vendas do dia a dia para fechar as contas no fim do mês. Obrigados a suspender as atividades para frear o avanço da covid-19, muitos agora se veem diante de um dilema: fechar o negócio ou contrair dívidas para arcar com as despesas que terão durante a quarentena. Em São Paulo, um decreto do governador João Doria (PSDB) obrigou serviços não essenciais a fechar as portas por 15 dias, entre 24/03 a 7/04. Bennesby e vários outros empresários entrevistados pela BBC News Brasil disseram ter fundos para sobreviver nesse período, desde que as atividades retornem ao normal logo depois. O impacto da pandemia entre pequenas empresas poderá ter amplas consequências para a economia nacional. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), micro e pequenas empresas respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado no Brasil. São consideradas pequenas, no setor de serviços e comércio, firmas com até 49 funcionários. Redação/Época/BBC |