17/04/2020 O presidente Jair Bolsonaro determinou que o núcleo militar do governo supervisione a nova gestão no Ministério da Saúde. O secretário de Assuntos Especiais, almirante Flavio Rocha, recebeu a incumbência de acompanhar de perto a transição. Ele fará essa interface com o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, que já é o responsável pela coordenação do gabinete de crise do governo. Além de uma supervisão, a ideia é que as Forças Armadas também ampliem seu papel no combate ao coronavírus no país. Em especial, na parte de logística e de segurança. Por exemplo, na distribuição dos testes que o novo ministro, Nelso Teich, pretende fazer. Ou no cuidado para que a distribuição deles não sofra qualquer dano. Hoje, já há mais de 25 mil homens das forças em atuação ao combate ao coronavírus, número semelhante ao que foi Segunda Guerra Mundial. O Planalto não fala ainda em ampliar esses números, mas sim que haja uma participação maior nessas áreas estratégicas. Além dos militares, a expectativa é a de que a Associação Médica Brasileira (AMB) tenha também uma participação relevante na nova gestão, ainda que seja apenas de aconselhamento. O presidente da entidade, Linconl Ferreira, o tesoureiro, José Luis Bonamigo Filho, participaram das conversas na quinta-feira com Bolsonaro e seus ministros mais próximos. Dois fatores, segundo fontes, foram essenciais para a escolha. Primeiro, o apoio da AMB. Linconl fez uma fala clara de que o agora ex-ministro Luiz Henrique Mandetta havia perdido o apoio da classe. Outra foi uma fala de Teich sobre o que se chama de “determinantes sociais da saúde”. Basicamente, uma visão mais global da saúde e o impacto de outros fatores nos seus indicadores, como a economia e o desenvolvimento social. Redação com CNN/Brasil |