19/04/2020

Governadores do Nordeste criticam presença de Bolsonaro em atos Governadores do Nordeste criticam presença de Bolsonaro em atos





Cinco dos nove governadores do Nordeste foram às redes sociais para criticar a participação do presidente Jair Bolsonaro em manifestações favoráveis ao fechamento do Congresso Nacional ocorridas neste domingo, 19. A região foi a única do País em que o Bolsonaro não obteve a maioria dos votos válidos no segundo turno das eleições de 2018.

O primeiro a repercutir a atitude do presidente foi o governador da Bahia, Rui Costa (PT). “Não vamos tolerar ataques contra a Constituição nem contra as instituições estabelecidas no regime democrático”, disse, em sua conta oficial no Twitter. “Defendemos trabalho e equilíbrio por parte de quem foi eleito para governar. Democracia sempre!”, completou.

Também petistas, Camilo Santana (CE) e Wellington Dias (PI) seguiram na esteira do correligionário baiano. “Inaceitáveis e repugnantes atos que façam apologia à ditadura e que promovam o desrespeito às instituições democráticas, como vimos hoje pelo País. O Brasil não se curvará jamais a esse tipo de ameaça”, postou Santana, aliado político do pedetista e ex-candidato à presidência da República Ciro Gomes. “Um presidente da República participar de um ato em defesa de um golpe militar e afrontando a Constituição, em frente aos 3 poderes, o que mais esperar?”, declarou Wellington.

Cotado para as eleições presidenciais de 2022, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse não acreditar que as Forças Armadas devam aderir a um movimento golpista no País. “Desde a redemocratização, as Forças Armadas têm mantido o respeito à Constituição. Não creio que mudarão agora por conta das inconsequências e delírios de Bolsonaro, um ex-tenente de mau comportamento. E se este tentar aventuras, haverá resistência”, afirmou Dino. Entre os pedidos das manifestações deste domingo, estavam a volta do regime militar.

Já o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), pediu união para combater a crise. “Falsos conflitos e manifestações inconsequentes são uma lamentável agressão ao País. Vamos vencer na Democracia, com diálogo, responsabilidade e respeito, não com bravatas”, publicou, sem citar nominalmente o presidente Jair Bolsonaro.

Redação com AE