17/06/2017 No Rio de Janeiro onde falta remédio e segurança, onde a Uerj está fechada, os professores estão sem receber, há mais de 5 milhões de desempregados, querer priorizar a verba para o carnaval é de um sadismo hitleriano. Ou quem sabe não faz parte da tática do "pão e circo", dos romanos? Aqueles que defendem que não haja corte de verba no carnaval deveriam se envergonhar, principalmente no momento em que o Brasil vê o Rio como a "caixa podre" que todo o dia expele mau cheiro. Carnaval é a festa do povo, e é justamente o povo que está sendo humilhado, sacrificado, agredido, sem trabalho, sem escola, sem saúde... Seria muito mais justo que o carnaval fosse trocado por uma grande passeata de luto e de revolta contra os saqueadores do estado. Que não houvesse só uma quarta-feira de Cinzas. Que os outros quatro dias fossem também quarta-feira de Cinzas. Não se aguenta mais aquele refrão que, na época, era bonito, mas que hoje seria digno de enterro: "Para tudo se acabar na quarta-feira". O Brasil, especialmente o Rio de Janeiro, é uma eterna quarta-feira de Cinzas. Tudo já se acabou: a felicidade, o emprego, a saúde, a segurança e até a liberdade. Fonte: Redação com JB on line. |