02/05/2020 Diante da reação negativa ao formato do pacote de socorro aos estados e municípios apresentado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), líderes na Casa pressionam pelo adiamento da votação do texto, que está prevista para este sábado (2). O assunto foi levantado em uma reunião, na manhã desta sexta-feira (1º), com senadores do movimento Muda Senado e a ala apelidada de “cabeças brancas”, como o senador Tasso Jereissati, do PSDB. Segundo o relato de parlamentares que estavam no encontro, um dos caminhos em discussão é a apresentação de um substitutivo, mudando o critério de distribuição misto. A definição sobre o pedido de retirada de pauta, no entanto, só deve sair depois de uma nova rodada de reuniões com integrantes da equipe econômica e também com o presidente Alcolumbre. Segundo o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a proposta de adiar a apreciação do texto partiu do senador Roberto Rocha, líder do PSB, e teve apoio de outros líderes. Os líderes reclamam que não foram consultados previamente sobre o texto. “Única conversa do presidente Davi Alcolumbre foi com o ministro Paulo Guedes que eu saiba. No máximo, com o líder do governo na Casa”, disse Randolfe à CNN. “O projeto que saiu está muito ruim. Não agradou a ninguém”. Não há consenso sobre diversos itens do projeto, como a forma de distribuição dos recursos e também sobre as contrapartidas, como o congelamento de salários. “Os médicos que não forem acometidos pela COVID-19 e que sobreviverem à pandemia vão receber como retribuição um tapinha das costas? Não adianta ficar batendo palmas nas janelas dos apartamentos. Não adianta governadores e prefeitos chamá-los de heróis e não dar o mínimo conforto a eles e às suas famílias depois que a crise passar”, afirmou. Redação com CNN/Brasil |