23/06/2017

Experimento de professor do Câmpus IV da UEPB analisa viabilidade para produção de abacaxi orgânico no Sertão. Experimento de professor do Câmpus IV da UEPB analisa viabilidade para produção de abacaxi orgânico no Sertão.




Um projeto de pesquisa desenvolvido por um professor do Centro de Ciências Humanas e Agrárias (CCHA), da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), localizado no Câmpus IV, em Catolé do Rocha, está tentando descobrir se o cultivo de abacaxi pode ser adaptado ao clima seco do sertão paraibano e assim contribuir para a economia local. Batizado de “Produção de abacaxi orgânico”, o projeto é coordenado pelo professor José Geraldo Rodrigues dos Santos, que também desenvolveu ação semelhante no Câmpus IV com a plantação de uva e vem conseguido alterar a geografia local com estes cultivos.

 

Para repetir a experiência com outra cultura, uma área experimental de quase um hectare foi reservada para o plantio. No total, foram plantadas 510 mudas de abacaxi com base no trabalho de agricultura orgânica com uso de biofertilizantes e ferti-irrigação. José Geraldo explica que todo o projeto está sendo desenvolvido sem uso de agrotóxicos e com o desenvolvimento de uma irrigação localizada, que é a aplicação de água diretamente sobre a zona radicular das culturas. No próximo mês, será aplicada uma dose de adubo na área plantada.

 

O projeto, vinculado ao curso de Licenciatura em Ciências Agrárias do Câmpus IV da UEPB, envolve os estudantes de graduação Jéssica da Mota Santos, Joyce Maria Simões, Alex Serafim de Lima e Francisca Lacerda da Silva, além do estudante da Escola Agrotécnica do Cajueiro, Ígor Figueiredo da Silva. Professor Geraldo explica que ainda é cedo para atestar a viabilidade econômica do projeto, uma vez que o tempo para colheita do abacaxi chega até a 17 meses a partir do plantio. Como as mudas foram plantadas há dois meses, a perspectiva é que a colheita aconteça somente em setembro de 2018.

 

Só após esse período, é que poderá ser atestatada a viabilidade econômica do projeto e descobrir se o abacaxi conseguiu ser adaptado ao solo do semiárido e ao clima do Sertão paraibano, caracterizado por altas temperaturas. Segundo o professor, também estão sendo plantadas mudas de coco, banana, maracujá e mamão. O diretor do Câmpus, professor Edivan Silva Nunes Junior, destaca que a direção do CCHA dá total apoio aos projetos, que servem para mostrar o potencial do Câmpus, além de contribuir no processo de formação dos futuros profissionais da área.


ASCOM/UEPB