11/06/2020 Os primeiros testes com a vacina chinesa contra o coronavírus, do laboratório Sinovac Biotech, em humanos devem começar ainda em julho em São Paulo, após uma parceria com o Instituto Butantan. Nove mil voluntários passarão pela etapa final de testes da vacina, para comprovação de eficácia e segurança. Em entrevista nesta quinta-feira (11), o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que, se estes testes forem bem-sucedidos, a produção poderá ser feita em larga escala ainda no primeiro semestre do ano que vem. “Comprovada a eficácia e a segurança da vacina, o Instituto Butantan terá o domínio da tecnologia, que poderá produzir em larga escala até junho de 2021 para fornecimento gratuito ao SUS.” A Sinovac Biotech é uma empresa privada chinesa, com sede em Pequim, especializada na produção de vacinas. Chamada de CoronaVac, esta é uma das dez vacinas em estágio mais avançado no mundo e que foram aprovadas para testes finais em humanos, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Diversos laboratórios chineses já tinham conhecimento em outro tipo de coronavírus semelhante, o que provocou a SARS, em 2002. Por isso, foi mais rápido adaptarem as linhas de pesquisa para o SARS-CoV-2, que causa a covid-19, e tem semelhança genética com o primeiro. A CoronaVac utiliza pedaços genéticos do SARS-CoV-2 inativado para acionar o sistema imunológico e criar anticorpos antes que haja o contato com o próprio vírus. Estudos recentes mostraram resultados promissores da vacina em macacos rhesus. Posteriormente, 1.000 voluntários foram submetidos a testes na China, nas fases 1 e 2. A terceira fase ocorrerá no Brasil e será patrocinada pelo Instituto Butantan. Redação com R-7 |