04/11/2020 As redes CNN e Fox News, com diferentes metodologias para a apuração, foram até o início da madrugada com as coberturas muito diversas, nos sinais ao vivo. A primeira insistiu em demasia que a Flórida pendia para Joe Biden, quando a segunda já indicava, inclusive ouvindo democratas, que estava mais para Donald Trump. Foi assim também em Ohio, com as duas se dividindo —e a Fox News, cujos levantamentos saíram de processos conjuntos com a Associated Press, se mantendo mais próxima dos números reais. A certa altura, a CNN começou a gerar piadas via Twitter. Em seguida, deixou de lado os números e, por um tempo, se fixou na mesa-redonda. A própria Fox News se viu questionada, após avançar o sinal sobre o Arizona. Tucker Carlson, como comentarista, cobrou que a mídia, inclusive seu canal, “precisa ser honesta sobre seus erros de pesquisa”. Enquanto isso, na ABC, Nate Silver, editor do site estatístico 538 que havia previsto 90% de chance de vitória para Biden, refazia os números no ar, às pressas. As diferenças não ficaram só na TV. A Fox News e o site Decision Desk HQ divergiam sobre a Carolina do Norte do relógio de agulha do New York Times, que neste ano se restringiu a três Estados —e acabou sumindo da home, de novo. Nelson Sá/Folha de S. Paulo |