13/11/2020 Foto: Getty imagens - Profissionais de saúde relatam temor de que situação piore cada vez mais e volte a cenário semelhante ao período em que pandemia atingiu pico no Brasil. Semanas atrás, havia dois leitos vagos entre os 10 que o médico Jaques Sztajnbok supervisiona na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo (SP). A situação causou surpresa no médico. Segundo ele, desde o início da pandemia de covid-19 não houve um dia sequer em que sobraram vagas no local. A redução de pacientes com o novo coronavírus também foi notada semanas atrás no pronto-socorro do instituto de infectologia. A busca por atendimentos relacionados à covid-19 havia caído. Mas a situação voltou a preocupar recentemente os profissionais da unidade de saúde. Os pedidos de internações aumentaram, assim como a busca por atendimentos a suspeitas de infecções pelo coronavírus. "Temos a impressão nítida de que a situação voltou a piorar", diz Jaques, que hoje não tem mais vaga entre os 10 leitos de UTI que supervisiona. Nos últimos dias, os números de atendimentos a pacientes com a covid-19 cresceram em hospitais particulares de São Paulo. O Hospital Sírio-Libanês, por exemplo, informou que atingiu 120 internações nos últimos dias, número ao qual havia chegado durante o ápice da pandemia. A atual situação nas unidades particulares da capital paulista remete ao que aconteceu em março, no início da pandemia. A rede privada foi a primeira a ficar sobrecarregada por pacientes infectados pelo coronavírus. Depois, toda a rede pública de saúde sofreu duramente com leitos escassos e diversas dificuldades estruturais diante da rápida propagação do vírus. Todo cuidado é pouco! Redação com R-7 |