30/12/2020 Foto: Gabriela Biló/Estadão - Após ver seu pedido de reserva de 13 mil vacinas para a covid-19 negado pela Fiocruz, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, disse nesta segunda-feira, 28, que o objetivo do requerimento era promover uma campanha de imunização entre os ministros, servidores e colaboradores da Corte e do Conselho da Justiça Federal. “Nos mesmos moldes das campanhas que foram realizadas rotineiramente contra gripe em anos anteriores”, afirmou em entrevista ao Estadão. Ainda segundo o ministro, a proposta foi elaborada pela Secretaria de Serviços Integrados de Saúde do tribunal e aprovada pela presidência sem passar pelos demais ministros por se tratar de ‘questão administrativa de rotina’. “No âmbito do STJ, as questões de saúde – como a proposta de aquisição de vacinas – são de competência da Secretaria de Serviços Integrados de Saúde (SIS), que são aprovadas pelo Presidente do Tribunal, cabendo a parte operacional à Direção-Geral da instituição”, disse. “Ao presidente do STJ compete decidir as questões administrativas de rotina – como essa, de aquisição de vacinas”, acrescentou. Na semana passada, a Fiocruz rejeitou tanto a proposta do STJ quanto uma solicitação semelhante do Supremo Tribunal Federal (STF). A instituição afirmou não caber a ela ‘atender a qualquer demanda específica’ e informou que as doses produzidas serão encaminhadas para distribuição pelo Ministério da Saúde. Enquanto o presidente do STJ reconheceu ter aprovado a proposta, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, decidiu exonerar o médico Marco Polo Freitas do cargo de secretário de Serviços Integrados de Saúde da Côrte após a repercussão negativa dos pedidos na imprensa, nas redes sociais e entre os colegas. Redação com Fausto Macedo – Estadão Conteúdo |