21/07/2017

Câmara de Campina Grande vai cobrar mais fiscalização nas água da transposição. Câmara de Campina Grande vai cobrar mais fiscalização nas água da transposição.




A questão hídrica do município de Campina Grande sempre foi pauta para discussão e esteve presente nas preocupações do Poder Legislativo Campinense.  Considerando esse quesito, foi realizada na manhã dessa quinta-feira (20) uma audiência pública para discutir sobre o fim do racionamento nas cidades abastecidas pelo Açude Epitácio Pessoa. A propositura foido vereador Sargento Neto.

A CMCG vai pedir ao Ministério Público e outras entidades uma fiscalização rigorosa das águas do Rio São Francisco que abastecem Boqueirão. O fim do racionamento ainda não tem data prevista.

O autor da propositura, Sargento Neto, iniciou o debate fazendo um retrato histórico do Açude Boqueirão desde a sua inauguração até a necessidade da obra de transposição e o início do racionamento. “Precisamos ouvir e discutir com os técnicos do assunto para que a população tenha conhecimento da nossa realidade hídrica. E pedimos aos órgãos competentes que não acabem o racionamento agora, é um pedido do povo e da Casa”, disse.

A Cagepa, através do seu representante Lúcio Vieira, expôs dados científicos e exigências necessárias para que realmente haja a distribuição integral da água nas comunidades, alertando que atualmente ainda não há condições para que isso aconteça. “Há três requisitos básicos para o fim desse racionamento. Precisamos ter o percentual de volume hídrico acima de 8,2% e saindo do volume morto, a vazão de entrada deve ser maior que a de saída e também precisamos que a garantir que o balanço hídrico seja positivo, mas isso ainda não está acontecendo”, explicou.

Ainda de acordo com Isnaldo Cândido, técnico aposentado da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), a análise para decretar o abastecimento normal precisa ser estabelecida apenas pela Cagepa, que acompanha de perto as circunstâncias. “Não é responsabilidade da AESA decretar o fim desse racionamento, mas sim da Cagepa, pois ela que tem o conhecimento da situação do Açude, da geografia das cidades, do monitoramento geral”, salientou.

No final da audiência o vereador Márcio Melo anunciou que está elaborando um documento, através da Câmara, para que seja enviado ao Ministério Público, AESA, ANA, DNOCS e Ministério da Integração pedindo fiscalização do canal da transposição para que o fluxo de águas seja regularizado e não sejam construídas barragens ilegais no percurso. Isso pode ajudar no aumento do armazenamento de água no Açude de Boqueirão em menos tempo.
 

Fonte: Redação com Assessoria