14/01/2021 Diferentes órgãos de defesa dos consumidores protocolaram medidas nesta quarta-feira, 13, para questionar a Ford sobre a decisão de encerrar as linhas de produção no país até o fim deste ano. O Procon de São Paulo pediu informações sobre o atendimento aos clientes que possuem veículos dentro do prazo de garantia, e por quanto tempo e de que forma serão disponibilizadas peças de reposição para modelos que estão fora da garantia. O órgão ainda questionou a montadora norte-americana se o encerramento das fábricas no país causará impacto no prazo de entrega dos veículos encomendados recentemente. A montadora deve responder ao requerimento dentro de 48 horas. O fechamento das fábricas da Ford no país também provocou o Ministério Público Federal (MPF) a instaurar procedimento administrativo para acompanhar os impactos socioeconômicos da medida. Por meio da Câmara de Consumidor e Ordem Econômica (3CCR), os promotores irão averiguar se o encerramento das atividades causará prejuízos ao setor industrial do país. Segundo o coordenador da 3CCR, supbrocurador-geral da República Luiz Augusto Santos, a decisão da montadora gerará efeitos “capazes de provocar a redução dos níveis de renda e emprego nacionais, afetando negativamente a economia, além da potencial repercussão no nível concorrencial do mercado de veículos.” A Ford anunciou na segunda-feira, 11, que encerrará todas as linhas de produção no Brasil até o fim deste ano. As plantas de Taubaté (SP) e Camaçari (BA) terão as atividades fechadas imediatamente, enquanto o complexo industrial de Horizonte (CE),que produz o jeep Troller, continuará operando até o último trimestre de 2021. De acordo com a montadora, serão mantidas no país apenas as operações do Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas, em Tatuí (SP), e sua sede regional em São Paulo. Redação com Estadão conteúdo |