30/07/2017![]() A crise econômica e humanitária que atinge a Venezuela, que vive clima de tensão na véspera das eleições para uma Assembleia Constituinte, transborda das próprias fronteiras e atinge o Brasil. Nos primeiros seis meses de 2017, 7600 venezuelanos pediram refúgio ao governo brasileiro, conforme dados da Polícia Federal (PF). O número é maior do que a soma de todos os pedidos nos cinco anos anteriores. A maioria dos migrantes entra pela fronteira entre os dois países em Pacaraima, no norte de Roraima, vindos de Santa Helena de Uairén. A rota continua por mais 200 quilômetros até Boa Vista onde se pode fazer o registro posto da PF e encontrar comida e trabalho — mesmo que seja para limpar vidros nos semáforos da cidade. Ao contrário da onda imigração haitiana, poucos são os venezuelanos que saem de Roraima. Muitos mantêm as famílias na Venezuela e desejam voltar quando a situação do país melhorar. “A fome é o principal motivo para a vinda deles. Não há comida. E quando tem é muito cara”, diz a Irmã Telma Santos, que atua no Centro de Migração e Direitos Humanos da Cáritas na região. Outro motivos citados por Telma são a falta de trabalho, a violência e o medo da Guarda Nacional Bolivariana, um dos organismos de segurança usados na repressão contra manifestantes. Fonte: Veja.com |