31/07/2017

A triste história do filho de Pelé. A triste história do filho de Pelé.




Os inúmeros inconvenientes que Edson Nascimento teve que atravessar em sua vida foram duros, mas também o deixaram mais forte.

Edson Nascimento é filho de Pelé, a maior estrela do futebol brasilero. Para muitos jovens, nascer sob os holofotes e com a vida ganha, pode não ser uma boa combinação.

Edinho sofreu por falta de carinho, por falta de apoio e por não ter vivido uma vida “normal”. Por conta de amizades estranhas, drogas e más decisões, ele acabou trilhando um mau caminho.

Edson Cholbi Nascimento nasceu em Santos, São Paulo, dia 27 de agosto de 1970. Desde então, ele nunca foi só um menino, mas o filho da maior estrela do futebol brasileiro, um dos gigantes da história do futebol mundial.

Sua mãe foi a primeira esposa do Rei, Rosemeri dos Reis Cholbi. O menino, um dos seis filhos reconhecidos pelo jogador, nasceu um pouco mais de um mês depois que Pelé conquistou sua terceira Copa do Mundo, no estádio Azteca, na Cidade do México. Naquela final, o Brasil derrotou os locais por 4 a 1.

A relação entre Rosemeri Cholbi e Pelé foi conturbada, já que em 1993 um teste de DNA demonstrou um comportamento infiel do jogador. Havia tido uma filha com Anizia Machado, a faxineira da casa onde moravam. Já adulto, Edinho declarou: “Quando nos mudamos para Nova Iorque, meus pais se separaram.”

Com a dura separação de seus pais, ele sentiu o primeiro abalo de tantos outros que estavam por vir. Ele comentou: “Minha irmã e eu fomos criados por uma mãe solteira num apartamento pequeno.” Tudo isso por causa do escândalo extramatrimonial em que seu pai se envolveu.

Segundo relata, para ele foi muito decepcionante crescer sem a figura paterna. “Criei um personagem negativo, não amava meu pai. Ele fazia minha mãe chorar e, por isso, era o vilão, o homem mau”. Sua inserção social também foi difícil.

Passou pelo basquete, beisebol e futebol. Depois, quando foi para o norte e mudou de escola, aproveitou o clima e andou de patinete e praticou hockey no gelo.

Aos 19 anos, o futebol tomou conta de sua vida, assim como aconteceu com seu pai. Entrou para o clube Vila Belmiro como um goleiro muito recomendado. Os jornalistas na época enfatizaram que o fato de ser filho de Pelé facilitou sua entrada, sobretudo porque sua estatura não era considerada adequada para um goleiro. Assim foi ser filho de uma estrela: a influência às vezes era positiva, outras, negativa.

Aos 29 anos, a carreira na qual tinha apostado e na qual seu pai havia triunfado, começou a descarrilar. Edinho abandonou o futebol em 1999 depois de ter jogado uma temporada no Ponte Preta, de Campinas. Antes de se afastar do futebol, o filho do astro tivera problemas por ter participado de um racha em Santos, em outubro de 1992, que causou a morte de uma pessoa inocente.

A justiça brasileira condenou tanto Edinho como seu amigo Marcilio a cumprir seis anos de prisão por homicídio. O juiz baseou sua decisão no fato de que ambos estavam cientes de que um racha pelas ruas de Santos poderia causar a morte de alguém. Para o tribunal, era indiferente que o automóvel envolvido na morte de Neto fosse de Marcílio e não de Edinho.

Alguns dos clubes pelos quais passou foram o São Caetano e a Ponte Preta. Sua maior conquista no futebol foi o segundo lugar do Campeonato Brasileiro, na Série A, de 1995, durante sua segunda temporada no Santos.

Em 2004, cinco anos depois do início da pena e faltando um ano para terminar de cumpri-la, a justiça brasileira voltou atrás e anulou a sentença de Edinho. A manobra foi conseguida pelo seu advogado, Antonio Oliveira, que disse não haver provas legais para condenar os dois supostos autores do crime.

Depois de passar pelo primeiro incoveniente frente à lei, Edinho logo se envolveu em mais problemas. Em 2005 foi preso em São Paulo por envolvimento com tráfico de drogas e sequestros. Junto a ele, um grupo de 20 pessoas suspeitas por essas manobras também foi detido.

Sobre Edinho incidia uma investigação por ter vínculos diretos com essa quadrilha e, por isso, esteve sob observação. Havia criminosos tanto em São Paulo como no Rio que tinham conexões com ele. Também se atribuía a ele a participação no sequestro da mãe do jogador Robinho, em 2004.

Depois de ser preso por conta do tráfico de drogas e dos sequestros em 2005, Edinho reconheceu ser viciado em maconha, mas negou estar relaciona a alguma quadrilha. Seu pai não escondeu seu desgosto, contando, entre lágrimas, que ficou surpreso quando recebeu a notícia de que seu filho tinha sido preso por conta de drogas.

O ex- jogador que ostenta mais de mil gols em sua carreira profissional (calcula-se que foram 1282 gols, 760 em jogos oficiais e 522 em amistosos) sempre velou pela inocência de seu filho. No momento de sua prisão em 2004, Pelé declarou: “Não houve nenhuma prova, não o flagraram em nada ilícito. Meu filho está preso, e eu acredito na justiça. Em breve provaremos sua inocência, e ele sairá sem nenhum problema”.

Em mais uma das tantas idas e vindas, Edinho voltou a ser preso em 2014. Foi condenado a 33 anos de prisão por lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Esse foi o quarto delito atribuído ao filho de Pelé.

Em fevereiro de 2017, o filho de Pelé se entregou às forças policiais da cidade de Santos depois da confirmação da sentença por lavagem de dinheiro, enfrentada em 2014. A pena foi reduzida de 33 a 12 anos e 10 meses de prisão.

Fonte: Redação com Desafío Mundial.