03/08/2017 Mesmo antes do fim da votação no plenário da Câmara dos Deputados, na noite desta quarta-feira (2/8), o governo conseguiu os 172 votos necessários para barrar o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, no Supremo Tribunal Federal. O voto decisivo foi dado pelo deputado Aureo (SD-RJ). O governo já fala agora em retomar a agenda das reformas — da Previdência e Tributária — e não acredita que haverá abalos na base caso o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhe novas denúncias contra Temer. A sessão, que analisou o relatório apresentado pelo deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que recomendou a rejeição da denúncia contra Temer, começou às 9h desta manhã. Por volta das 15h30, o placar registrava a presença de 342 deputados no Plenário - quórum mínimo para que ocorresse a votação - e 463 deputados na Casa. Os parlamentares discursaram a favor e contra a denúncia. Malas de dinheiro também foram levantadas e o famoso boneco Pixuleco, na forma do ex-presidente Lula com uniforme carcerário, foram trazidos. Um deles estava na mão do presidente do PT, Carlos Zarattini (PT-SP). Mais cedo, o advogado de Temer, Antônio Mariz de Oliveira, pediu aos deputados que não acatassem o pedido para remeter a denúncia. “Deem um ano e meio para Temer seguir sua ‘obra magnífica’”, afirmou da tribuna, ao fazer a defesa do presidente e afirmar ter certeza de que a denúncia não será acatada. O advogado criticou a delação de Joesley Batista e destacou que a gravação da conversa do empresário com o presidente teve “deturpação, enxertos e uma série de vácuos”, por isso questionou a sua legitimidade como prova. Fonte: Redação com Agências |